Encontro

E, quem sabe um dia, podemos nos esbarrar por aí. Eu vou corar um pouco e você vai manter essa máscara de homem frio, impenetrável e dono de si, me desarmando de vez como sempre. Vamos conversar um pouquinho, sobre as novidades, sobre o clima lá fora, menos sobre a instabilidade aqui dentro. Menos sobre o silêncio do peito. Você vai comentar algum detalhe banal do seu novo emprego e dizer que já pode me comprar um presente qualquer e eu vou me lembrar das madrugadas usadas para conversar com você. Vai dá saudade, um pouquinho assim, só para sufocar o coração e para bagunçar o que estava certo. Porque eu acreditei que você não me tocaria mais depois de tanto tempo, mas eu sei, que bobagem pensar desse jeito, eu ainda morro por você amor. E eu vou querer ir embora, como eu cansei de fazer diversas vezes. Eu vou sair voando, porque eu não sei mais me comportar perto de você. Porque eu não sei esconder o que eu sinto como você faz. Eu continuo sendo o que você vê amor, eu sou sua. E isso não é algo que eu gostaria de mostrar se é verdade que você já tem alguém ocupando o meu lugar. Pois é, eu fiquei sabendo. E eu só não tenho ninguém porque eu não consegui deixar entrar. Não podia colocar qualquer um para ocupar o espaço que eu arrumei pra você. Eles não sabiam me aquecer no frio amor, e nem entendiam o que eu escrevia nos papéis. Eles não sabiam, eles não sabem e vão continuar sem saber. Que bobagem meu amor, tentar te substituir. Mas eu ainda vou mudar isso e se você não se importa, eu vou indo, porque é assim que eu prefiro. Mas eu ainda estou com saudades amor.

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